A museologia experimental é uma abordagem ou método para o estudo dos museus e dos processos museológicos a partir da perspectiva da experiência humana (individual ou coletiva) para além da normatividade do museu e dos discursos autorizados da museologia. Em termos práticos, trata-se de uma abordagem dialógica que implica em reconsiderar o museu do ponto de vista dos diversos sujeitos sociais e grupos que fazem uso desse dispositivo em seus modos de objetivar a cultura e criar contra-patrimônios.
Neste sentido, a museologia experimental pode ser definida como uma “museologia da libertação” (segundo o termo do educador Paulo Freire), tendo como objetivo libertar a experiência do lugar subalterno ao qual ela foi relegada pelo museu moderno. Como uma postura indisciplinada em relação ao museu, a abordagem experimental contempla uma virada decolonial que permite burlar as categorias estabelecidas pelos museus disciplinares, principalmente por meio da justaposição dos papéis de sujeitos e objetos, buscando permitir aos grupos e a toda e qualquer pessoa se apropriar do museu em seus usos criativos, contestatórios e libertários.
Tendo em vista as necessidades para a prática da museologia experimental, o Grupo de Pesquisa MEI distribui suas atividades em três linhas de pesquisa, que integram as atividades dos alunos da graduação e da pós-graduação, além dos bolsistas de Extensão, Ensino e Monitoria. As linhas de pesquisa são:
Linha de Pesquisa 1:
Analisar práticas de museus e museologias experimentais a partir dos processos de criação e de alteração de mundos sociais e de enunciados culturais.
Linha de Pesquisa 2:
Estudar a produção dos enunciados performativos dos museus por meio de imagens museologicamente criadas; os pesquisadores desta linha se dedicam ainda à análise do impacto do discurso visual dos museus sobre as realidades sociais.
Linha de Pesquisa 3:
Analisar processos de musealização e materialização considerando os fluxos das coisas, seus enredamentos e seus trânsitos sociais.